Vivemos dias de muitas ideologias espirituais, conceitos que os homens elaboram a partir de seus pensamentos ou ideais, que não raramente são tendenciosos no que diz respeito a argumentos que os deixem confortáveis em suas atitudes. Acredito que esse é um caminho que tem contribuido muitíssimo para roubar do homem o temor a Deus – ao único e verdadeiro Deus, que criou a terra e tudo o que nela há, inclusive o próprio homem, de forma perfeita, seja na idealização como também no planejamento para que tudo que foi criado se movesse de acordo com os princípios por ele instituídos, e cujo objetivo nunca foi o de cercear a liberdade do homem, mas sim preservá-lo de tudo aquilo que não lhe acrescenta bênçãos. Não temer a Deus significa, entre outras coisas, decidir acreditar que tudo o que ele manifestou como princípios e valores (e que o próprio Deus pratica desde sempre) deixou de ser verdadeiro, consistente ou relevante. E o resultado disso tem sido amplamente percebido pela ausência de caráter, de moral, de justiça, de respeito e de tantas outras aberrações que nos chocam diariamente através da mídia. Os dias atuais se assemelham ao que acontecia por volta de 1220-1050 antes de Cristo: “Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo.” (Juízes 21:25). O retrato daquela época nefasta, infelizmente, é muito semelhante ao que vivemos hoje: corrupção, fraudes, roubos, sexo animalesco e desenfreado, violência, estupro, brutalidade, injustiça, e todo tipo de costume que se inclui numa sociedade amoral. Tudo isso precisa nos levar a necessidade de refletir sobre o que se ouve e vê nestes dias onde espiritualidade tem recebido muitos diferentes nomes e influências, enveredando por caminhos exatamente opostos ao que o apóstolo João (7:18) escreveu: “Aquele que fala por si mesmo busca a sua própria glória, mas aquele que busca a glória de quem o enviou, este é verdadeiro; não há nada de falso a seu respeito.”! Jesus nunca foi, não é e jamais será ideologia!
Bênçãos
Eliane Malpighi