
Se eu perguntar a você se é agradável passar por correção, tenho pouca probabilidade de errar se afirmar que sua resposta será não. Porque de fato sofrer disciplina, quer na vida natural – e se vê hoje, infelizmente, um grande número de filhos insolentes e desrespeitosos para com os pais e a sociedade de modo geral, exatamente pela ausência de correção à moda de Deus, exercida em e no amor e não na e pela condenação (I Co 4:14) – quer na vida espiritual (II Tm 3:16,17), não é algo que gera prazer, e sim reflexão que, necessariamente, nos levará a uma tomada de decisão: acatar, ou não à correção. Qualquer que seja a escolha haverá consequências. Certo é que a correção é imprescindível para crescermos natural ou espiritualmente. Admoestar, cujo um dos sinônimos – advertir – clarifica nossa percepção de entendimento, significa estimular alguém a determinada prática, atitude ou comportamento. Como pais e educadores não podemos entrar num lugar de dó que acaba não só gerando oportunidade para que o que está sendo corrigido se ache um coitado – a quem o dicionário define de modo bem claro: que ou o que é infeliz; desventurado, inditoso, desditoso – mas, pior, decresça cada vez mais do alvo da maturidade. O princípio da correção começa de Deus para conosco, individualmente, os filhos a quem tanto ama, como lemos em Hebreus 12:11: “Toda correção, de fato, no momento em que ocorre não nos parece ser motivo de contentamento, mas de frustração; mais tarde, no entanto, produz fruto de justiça e paz para todos aqueles que por ela foram disciplinados.”. Deixar-me ser corrigida por Deus, e por aqueles que, temendo ao Senhor, também me disciplinam, direta ou indiretamente, tem sido uma jornada muitíssimo desafiadora, no entanto, já consigo experimentar a manifestação da promessa acima, e isso me deixa feliz e também certa de que ainda há muita correção por acontecer, já que meu Pai, Deus, me disciplina para o meu bem, para que eu participe da sua santidade (Hb 12:10b)!
Bênçãos de Cristo Jesus sobre nós
Eliane Malpighi