O autor do salmo 73 confessa que já havia sentido inveja da prosperidade dos ímpios, que aparentemente tinham bens e pareciam bem sucedidos e, além de tudo portadores de uma saúde para lá de boa. Porém, à medida que este homem desenvolve intimidade com Deus, ele também passa a perceber que tais pessoas, além dos bens, possuem arrogância, orgulho, sentem prazer em oprimir, não tem temor a Deus e, na sua completa insensatez, acham que nunca sofrerão julgamento de Deus. Talvez você nem queira ou consiga admitir que, em algum momento da vida, teve sentimento semelhante a ele; mas a verdade é que todos nós já nos sentimos incomodados ao ver o ímpio se dando melhor que nós, que escolhemos obedecer aos princípios de Deus. E como o salmista, precisamos desenvolver intimidade com o Senhor, de modo que, como ele, sejamos capazes de reconhecer nossos sentimentos, confessar nossa pequenez e recebermos a cura emocional:
“Quando o meu coração estava amargurado e no íntimo eu sentia inveja, agi como insensato e ignorante; minha atitude para contigo era a de um animal irracional. Contudo, sempre estou contigo; tomas a minha mão direita e me susténs. Tu me diriges com o teu conselho, e depois me receberás com honras. A quem tenho nos céus senão a ti? E na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti. O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre. Os que te abandonam sem dúvida perecerão; tu destróis todos os infiéis. Mas, para mim, bom é estar perto de Deus; fiz do Soberano Senhor o meu refúgio; proclamarei todos os teus feitos.” (Salmo 73:21-28).
Bênçãos
Eliane Malpighi